Papa Francisco recebe Bispos do Maranhão no Vaticano

Publicado em: 2 de junho de 2022

Francisco em audiência com os bispos em visita ad Limina Apostolorum

O Papa Francisco recebeu na manhã desta quinta-feira (2) os bispos do Regional Nordeste 5 da CNBB, que corresponde aos representantes do Maranhão, que desde o início da semana estão em visita ad Limina Apostolorum no Vaticano.

Mais uma vez, como tem acontecido nas outras audiências com os brasileiros, o Pontífice deu grande abertura para perguntas e testemunhos, relatou dom Gilberto Pastana de Oliveira, arcebispo de São Luís, num diálogo de mais de duas horas, com muita franqueza e amizade, “num verdadeiro encontro do Apóstolo Pedro com os demais apóstolos”.

Dom Gilberto foi quem também introduziu o grupo, repassando as preocupações e dificuldades da Igreja no Maranhão, assim como as esperanças e o compromisso dos bispos diante do Povo de Deus e àqueles que mais sofrem.

O presidente do Regional Nordeste 5 da CNBB e bispo da diocese de Coroatá, dom Sebastião Bandeira, compartilhou o mesmo sentimento ao descrever a audiência com Francisco como “muito edificadora” para o ministério episcopal. Da parte brasileira, veio a demonstração de “comunhão ao Papa, aos seus gestos, às palavras, à mensagem, ao projeto de Igreja que tem sempre incentivado a todos nós”.

O Papa foi agraciado pelos bispos do Maranhão com um quadro produzido com os tradicionais azulejos de São Luís, como nos conta dom Sebastião. Com grande influência portuguesa, a “Cidade dos Azulejos”, como é conhecida, preserva o maior aglomerado urbano de azulejos dos séculos XVIII e XIX de toda a América Latina, já tendo o centro histórico reconhecido como patrimônio cultural da humanidade pela Unesco.

“Oferecemos ao Papa um quadro da pessoa dele, pintado em azulejos, referindo-se a São Luís que é a cidade dos azulejos coloridos; e o volume dos sermões do Padre António Vieira, onde ele fala o famoso sermão aos peixes, numa época em que António Vieira denunciava as injustiças dos grandes lá no Maranhão e que, muitas vezes, não era ouvido.”