O Papa Francisco recebeu na manhã desta quinta-feira (2) os bispos do Regional Nordeste 5 da CNBB, que corresponde aos representantes do Maranhão, que desde o início da semana estão em visita ad Limina Apostolorum no Vaticano.
Mais uma vez, como tem acontecido nas outras audiências com os brasileiros, o Pontífice deu grande abertura para perguntas e testemunhos, relatou dom Gilberto Pastana de Oliveira, arcebispo de São Luís, num diálogo de mais de duas horas, com muita franqueza e amizade, “num verdadeiro encontro do Apóstolo Pedro com os demais apóstolos”.
Dom Gilberto foi quem também introduziu o grupo, repassando as preocupações e dificuldades da Igreja no Maranhão, assim como as esperanças e o compromisso dos bispos diante do Povo de Deus e àqueles que mais sofrem.
O presidente do Regional Nordeste 5 da CNBB e bispo da diocese de Coroatá, dom Sebastião Bandeira, compartilhou o mesmo sentimento ao descrever a audiência com Francisco como “muito edificadora” para o ministério episcopal. Da parte brasileira, veio a demonstração de “comunhão ao Papa, aos seus gestos, às palavras, à mensagem, ao projeto de Igreja que tem sempre incentivado a todos nós”.
O Papa foi agraciado pelos bispos do Maranhão com um quadro produzido com os tradicionais azulejos de São Luís, como nos conta dom Sebastião. Com grande influência portuguesa, a “Cidade dos Azulejos”, como é conhecida, preserva o maior aglomerado urbano de azulejos dos séculos XVIII e XIX de toda a América Latina, já tendo o centro histórico reconhecido como patrimônio cultural da humanidade pela Unesco.
“Oferecemos ao Papa um quadro da pessoa dele, pintado em azulejos, referindo-se a São Luís que é a cidade dos azulejos coloridos; e o volume dos sermões do Padre António Vieira, onde ele fala o famoso sermão aos peixes, numa época em que António Vieira denunciava as injustiças dos grandes lá no Maranhão e que, muitas vezes, não era ouvido.”