O uso indevido de ponteiras de raio laser contra cabines de comando das aeronaves é um risco potencial para a segurança das operações aéreas. No Aeroporto de São Luís, três ocorrências desta natureza já foram registradas em 2022. Por isso, a CCR Aeroportos, concessionária que administra o aeroporto localizado na capital maranhense, pede a colaboração da população.
Segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), o raio laser, quando apontado contra a cabine de comando de um avião, provoca distração, ofuscamento e cegueira momentânea, que podem comprometer a habilidade dos pilotos durante os procedimentos de pousos e decolagens, que são os momentos mais delicados do voo. Os danos podem levar à situação extrema de perda de controle em voo, em especial, nos casos de aeronaves tripuladas por um único piloto.
“A CCR Aeroportos tem trabalhado para aumentar cada vez mais a segurança das operações nos aeroportos em que atua. No entanto, a segurança aeroviária também é uma responsabilidade de toda a sociedade, por isso, pedimos a colaboração de todos para evitarem algumas práticas que, além de serem criminosas, podem causar acidentes gravíssimos, colocando em risco a vida de todos os que estão a bordo de uma aeronave”, destaca o gerente do Aeroporto de São Luís, Jaison Mello.
No Brasil, o uso de ponteiras de raio laser contra aeronaves é crime tipificado no artigo 261 do Código Penal, que diz que expor a perigo aeronave ou praticar qualquer ato que possa impedir ou dificultar a navegação aérea é crime, com pena de dois a cinco anos de prisão.