Deu no “O Globo”
Após autorização da Justiça Federal do Maranhão, a Polícia Federal cumpriu uma ordem para o afastamento de um gerente da estatal Codevasf no estado por suspeita de ter recebido propina de empresas investigadas por desvios no órgão, que é comandado politicamente pelo Centrão. A PF também cumpriu busca e apreensão contra o gerente na última quinta-feira.
O inquérito identificou pagamentos de R$ 250 mil feitos por empresas ligadas ao empresário Eduardo José Ribeiro Costa, o Imperador. Diante dos indícios, a PF pediu à Justiça o afastamento do gerente da Codevasf de suas funções.
A Operação Odoacro foi deflagrada em julho pela PF do Maranhão. Na ocasião, cumpriu mandados de busca e apreensão na superintendência do Maranhão da Codevasf, alvo das suspeitas, além de outros alvos. Os crimes sob investigação são fraudes em licitação, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Nas buscas, foram apreendidos itens de luxo, como bolsas, relógios e dinheiro vivo. No endereço de um dos alvos, foi encontrado mais de R$ 1 milhão em dinheiro vivo.
Procurada, a defesa de Eduardo José Ribeiro da Costa afirmou não ter conhecimento dos fatos apurados.
Quando a operação foi deflagrada, a Codevasf afirmou que os contratos investigados eram de responsabilidade de prefeituras e negou envolvimento do órgão com desvios. Procurada nesta terça-feira, a Codevasf afirmou em nota: “Informamos que a Codevasf colabora com o trabalho da Justiça; o processo judicial encontra-se sob segredo de Justiça. Houve afastamento de um profissional da Companhia de suas funções, preventivamente. A Companhia possui sólida estrutura de governança implantada. Indícios de conduta ilegal ou antiética por parte de seus funcionários são apurados, em quaisquer casos”.
Em Nota de Esclarecimento, a Codevasf aqui no Maranhão explicou a situação e garantiu que segue colaborando com o trabalho da Justiça.
“Em atenção a notícias veiculadas nesta terça-feira (04/10) sobre ações de autoridades policiais no Maranhão, a Codevasf informa que colabora com o trabalho da Justiça e que o processo judicial correspondente encontra-se sob segredo de Justiça. Assim que foi comunicada sobre o caso pelas autoridades, a Companhia prontamente afastou de suas funções o profissional associado aos temas sob investigação. A Empresa possui sólida estrutura de governança implantada; indícios de conduta ilegal ou antiética por parte de seus funcionários são apurados, em quaisquer casos”.
Atenciosamente,
Assessoria de Comunicação | Codevasf”