Levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU) mostra que os estados do Maranhão, da Bahia e do Pará lideram o ranking de obras federais inacabadas. De acordo com os dados levantados, a educação é a área com mais paralisações. Deficiências técnicas, falhas no fluxo orçamentário/financeiro e abandono das obras pelas empresas contratadas são as principais razões.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (24) e publicados no Painel de Obras Paralisadas da corte de contas, que consolida os dados de contratos relacionados a obras públicas custeadas com recursos federais. Atualmente são mais de 22 mil obras registradas, das quais mais de oito mil estão paradas, cerca de 38%.
O Maranhão, estado governado por Flávio Dino até 31 de março, lidera a lista das paralisações com 905 obras — cujo valor total de investimento é de R$ 1,2 bilhão. Desse total, 641 são empreendimentos voltados à educação básica, como creches, quadras e construção de escolas.
Com R$ 10,2 bilhões de investimento, a Bahia vem logo atrás com 807 obras públicas paralisadas, sendo 433 também voltadas para a educação, como a reforma da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia, que se encontra inacabada.
O Pará ocupa o terceiro lugar com 53,4% do total de empreendimentos públicos paralisados ou inacabados, de acordo com o painel do TCU. Mesmo após o investimento de R$ 6,82 bilhões, o estado acumula 671 obras paradas — 535 relacionadas à educação. (Antagonista)