O senador eleito Flávio Dino (PSB-MA, foto) afirmou nessa quarta-feira (30) que o “superministério” da Justiça e Segurança Pública deve ser mantido no próximo governo. Em entrevista a O Globo, o ex-governador do Maranhão, cotado para assumir a pasta, disse que a “tese majoritária” dentro da equipe de transição é manter o formato atual da pasta.
“Eu já tenho uma posição conhecida, fruto da experiência de juiz, de que a integração é melhor. Se você coloca dois ministros, fica mais difícil, torna mais trabalhosa a efetivação de ações”, afirmou.
A proposta de recriar uma pasta para a Segurança Pública foi um aceno de Lula às forças policiais durante a campanha, mas aliados do presidente eleito avaliam que a divisão poderia desidratar o Ministério da Justiça, pois tiraria a PF do seu guarda-chuva.
“Não se faz política de segurança pública sem a presença do Judiciário e do Ministério Público”, disse Dino.
Questionado sobre quando os nomes de ministros do novo governo deverão ser anunciados, o ex-governador do Maranhão afirmou que é preciso ter cautela.
“Agora é um momento muito mais conflituoso do que 2002. É como se 2002 fosse um carrossel, e 2022 fosse uma montanha-russa, bem radical e feia de loopings. Então, isso exige mais cautela”, disse Flávio Dino.
“Não tenho nenhum ansiedade em relação a isso. Nós estamos conseguindo fazer o principal, que é ter um bom relatório de Justiça e Segurança Pública. Para poder garantir a democracia”, acrescentou. (Antagonista)