Em entrevista ao programa Roda Viva da TV Cultura, o ex-governador do Maranhão e futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, fez várias críticas ao governo Bolsonaro nessa segunda-feira (19).
Uma das perguntas feitas a Dino, foi do jornalista Bruno Abbud que relembrou o caso de Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira e pergunta sobre os planos para combater a violência no Vale do Javari e aumentar a presença do Estado na região. Flávio Dino afirmou que é necessário aumentar a presença dos órgãos federais e dar alternativas econômicas para a população local.
“Quando falamos em atividades ilegais, temos que lembrar que há criminosos, cartéis e quadrilhas. Mas há também pessoas simples e humildes, que dependem daquilo para alimentar suas famílias. Então, a primeira questão, quando pensamos na presença do Estado, é entender o papel indutor no que se refere a economia verde e bioeconomia, para que com isso tenhamos caminho econômico de sustentabilidade na Amazônia brasileira”, explica.
Sobre atuação direta contra crimes na região amazônica, o futuro ministro fala da necessidade do uso da tecnologia e trabalho em conjunto com estados e municípios. Uma das formas de colocar o plano em prática, segundo ele, é retomar o uso do Fundo Amazônia.
O Fundo Amazônia foi criminosamente congelado nesses anos de trevas e que, tem hoje, bilhões de reais. Nos próximos anos, terá muitos outros bilhões. Conversei com Aloísio Mercadante, que vai dirigir o BNDES, no sentido de que o próprio governo federal vai liderar os estados da Amazônia nesse trabalho de segurança. Além de outros órgãos internacionais”, revela.
Por fim, coloca essa pauta como a mais importante para o posicionamento do Brasil internacionalmente, pois não se limita a uma luta criminal, mas também no assunto de segurança climática.
"O Fundo Amazônia foi criminosamente congelado nesses anos de trevas."
No #RodaViva, Flávio Dino comenta ausência do Estado na região amazônica. pic.twitter.com/QHXPI2hqNt
— Roda Viva (@rodaviva) December 20, 2022