O coronel da polícia militar Nivaldo César Restivo informou, em nota, nesta sexta-feira (23), que desistiu de assumir a Secretaria Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça.
O nome de Nivaldo foi anunciado para o cargo nesta quarta-feira (21) pelo futuro ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino.
Em nota, Restivo agradeceu ao convite, mas disse que não conseguiria conciliar o trabalho com questões familiares (veja mais abaixo).
A Secretaria Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça, para a qual o coronel havia sido designado, terá na estrutura a coordenação do Departamento Penitenciário Nacional e da polícia penal. Nivaldo é ex-secretário da Administração Penitenciária em São Paulo.
Segundo o jornal O Globo, a indicação de Restivo foi criticada por integrantes da equipe de transição porque o coronel teria relação com o massacre de presos no Carandiru, em 1992, em São Paulo.
Ainda, de acordo com a publicação, em 2017, ao assumir o comando da PM paulista, Restivo teria defendido a ação da polícia no massacre. O coronel não comentou o caso na nota divulgada nesta sexta-feira (23).
O novo nome indicado para comandar a Secretaria Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça ainda não foi divulgado.
Outra desistência
A desistência de Restivo é a segunda indicação de Dino que foi alvo de críticas e acabou em recuo. O futuro ministro desistiu do nome de Edmar Moreira Camata para o cargo de diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
O novo escolhido para ocupar o comando da PRF é o policial rodoviário federal Antônio Fernando Oliveira.
A indicação de Camata irritou petistas e outros nomes da transição pelo fato de o policial ter apoiado a Operação Lava Jato e a prisão do agora presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. (G1)