A Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Maranhão realizou, nesta quarta-feira (15), audiência com representantes do Sindicato em Educação Básica das Redes Públicas Estadual e Municipais do Estado (Sinproesemma), entre eles o presidente da entidade, Raimundo Oliveira, para dialogar sobre a greve dos professores.
Participaram do encontro o presidente da Comissão de Educação, Ricardo Arruda (MDB), o vice-presidente, Leandro Bello (Podemos), e os deputados Aluízio Santos (PL), Hemetério Weba (PP), Wellington do Curso (PSC) e Júlio Mendonça (PCdoB).
O presidente da Comissão disse que a Alema vai atuar como mediadora para que as partes envolvidas na negociação cheguem a um entendimento. “É importante esse diálogo. Conversando com a presidente Iracema Vale, definimos que vamos estar disponíveis para todos os segmentos da sociedade, tendo uma postura propositiva no processo envolvendo os professores e o Governo do Estado”, explicou.
De acordo com Ricardo Arruda, a comissão pretende se reunir, também, com o secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão, para mediar um acordo o quanto antes a fim de evitar maiores prejuízos para todos.
“Com a greve, todos perderam. Professores ficaram sem dar aulas e para o governo há o desgaste da paralisação, mas a perda é maior, sobretudo, para os alunos que ficam sem aulas e que já possuem um déficit de ensino desde o início da pandemia de Covid-19”, lamentou Arruda.
Negociações
O presidente do Sinproesemma, Raimundo Oliveira, fez um levantamento sobre a campanha salarial e as negociações com o governo. Na ocasião, ele agradeceu o canal de diálogo aberto pela Comissão de Educação da Alema.
“Quero agradecer o espaço para debater não apenas a questão salarial, mas também a situação das escolas. Sabemos que a greve realmente traz prejuízos, mas tem que ser observado a legalidade da reposição salarial. Também estamos vendo a política de valorização da educação, que é essencial”, afirmou Oliveira.
Os deputados se colocaram à disposição para ajudar na abertura de canal de diálogo com o governo estadual, que, na sexta-feira (10), apresentou à categoria uma contraproposta de reajuste salarial de 10%. Os professores pedem reajuste em torno de 16%.
Foto: Biaman Prado