O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), negou que demitirá os secretários da pasta que realizaram audiências com Luciene Farias Barbosa, esposa de “Tio Patinhas”,um dos líderes do Comando Vermelho no Amazonas.
“Os secretários que receberam [Luciene] praticaram algum ato ilegal? Praticaram algum crime? Beneficiaram supostamente o Comando Vermelho em quê? É preciso ter um pouco de responsabilidade e de seriedade. Eu tenho o comando da minha equipe, confio na minha equipe e eu não demito secretário de modo injusto. Se eu fizesse isso, quem iria ser desmoralizado não ia ser o secretário, era eu”, disse o ministro em entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo”.
Dino disse ainda que a mobilização de parlamentares da oposição após a divulgação do caso mostra um “desespero político” com a atuação positiva do governo federal. Na terça-feira (14), o senador Flávio Bolsonaro acionou a Procuradoria-Geral da República contra o ministro da Justiça, Flávio Dino, pedindo que o ministro seja afastado da pasta.
“Obviamente é um desespero político de quem está insatisfeito com o combate ao crime organizado que nós estamos fazendo”, afirmou Dino.
Luciene Farias Barbosa esteve com o secretário de Assuntos Legislativo do Ministério da Justiça, Elias Vaz, em duas ocasiões. A primeira, em 19 de março deste ano. Na segunda ocasião, no dia 2 de maio, o encontro contou também com a presença de Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).
Dino conta com respaldo no governo
Na quarta-feira (15), o presidente Lula (PT) foi às redes sociais defender o ministro da Justiça e Segurança Pública em meio à crise instalada na pasta.
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil –