Favorito até meados de outubro para ocupar a vaga de Rosa Weber no STF, Flávio Dino passou as últimas semanas em baixa. Dez entre dez auxiliares e interlocutores de Lula repetiam a mesma impressão depois de conversas com o presidente: Jorge Messias, chefe da AGU, tornara-se a opção mais consistente para o posto — sempre tendo Bruno Dantas como alternativa possível.
Nos últimos dias, porém, há indicações, dadas pelo próprio Lula em conversas, que Dino voltou com força ao jogo da sucessão no Supremo.
Apesar dos desgastes que tem sofrido, seja na área da segurança pública, seja com as falhas do Ministério da Justiça na triagem de visitantes polêmicos, Lula tem dado pistas que quer, por exemplo, entender melhor o tamanho de uma eventual dificuldade de Dino para ser aprovado no Senado.
Um movimento semelhante ocorreu na taxa de aprovação do desempenho de Lula, que oscilou de 51% em outubro para 53% agora. Já a taxa de desaprovação recuou de 43% para 38% no mesmo período.
A pesquisa também mediu o otimismo dos brasileiros em relação ao futuro. Para 52% dos entrevistados, o desempenho do governo vai melhorar nos próximos seis meses (eram 49% em outubro). Já o percentual dos que apostam em piora do governo recuou de 29% para 22%. Outros 21% acham que o desempenho ficará igual (eram 19% há três semanas).