Na terça-feira (12), o Porto do Itaqui celebrou o reinício das operações de exportação de alumínio, marcando um momento histórico e consolidando sua posição como um hub logístico de importância nacional. O primeiro carregamento de lingotes, resultado de uma colaboração entre o Porto do Itaqui, a G5 Logística, a Steinweg e a australiana South32, aconteceu no berço 99.
Essa operação, conquistada pelo Porto este ano, é resultado de um investimento que, em três anos, totaliza R$ 3 bilhões, realizado pelo Consórcio Alumar, gerando um impacto positivo na cadeia produtiva do alumínio na região, com a geração de 5.500 empregos.
O presidente do Porto do Itaqui, Gilberto Lins, fez questão de destacar o papel crucial dos trabalhadores portuários nesse processo: “Este é apenas o começo, com previsões de mais operações para o próximo ano, consolidando o Porto como uma peça-chave na logística nacional. Este carregamento não apenas simboliza um avanço significativo para o desenvolvimento estadual, mas também promove a geração de empregos e impulsiona a dinâmica da indústria local, como é a orientação do governador Carlos Brandão. E nessa concretização tem sido muito importante a atuação de nossos Trabalhadores Portuários Avulsos (TPA), que dedicaram esforços significativos em seu aprimoramento e capacitação. O comprometimento de cada um de nossa equipe é a força motriz por trás da viabilidade crescente que temos para recebermos outras cargas em nosso Porto”, comemorou.
A South32, como uma das empresas transnacionais do consórcio Alumar, detém atualmente 40% da capacidade total de produção de alumínio no Maranhão. A exportação inaugural, via Porto do Itaqui, estimada em 15 mil toneladas, que terá como destino o porto de Rotterdam, na Holanda, representa a retomada de uma rota que destaca os berços de atracação preferenciais para cargas gerais como uma infraestrutura logística eficiente.
A G5 Logística, por sua vez, desempenha um papel considerado fundamental na diversificação das operações portuárias no Maranhão, estendendo sua atuação além do alumínio para incluir celulose, cobre e outras cargas gerais no Porto do Itaqui.
“Esta parceria, que foi bem-sucedida, formada por oito mãos, é apenas o início de uma série de operações. Que esta marca seja a precursora de muitas, e que o alumínio retorne como uma carga constante aqui no Itaqui”, enfatizou Raul Lamarca, diretor executivo da G5.
A última vez que o Porto do Itaqui realizou operações de exportação de lingotes de alumínio foi em 2013. Entre 2001 e 2013, foram 2,1 milhões de toneladas de carga exportadas pelo Itaqui.
O retorno da operação do alumínio maranhense, não apenas celebra a retomada da exportação do elemento, mas também destaca o papel estratégico do Porto do Itaqui como um hub logístico de relevância nacional. A retomada, ainda, reforça o potencial econômico do Maranhão na indústria do alumínio e consolida parcerias cruciais para o desenvolvimento sustentável da região.