Com dois anos de importantes atendimentos à população da Região Central do Maranhão, o Centro de Hemodiálise, agora, conta com um “quarto turno” de atendimentos, o que eleva de 78 para 104 pessoas atendidas. Com o avanço, a unidade passa a atender, também, entre as 19h e as 23h.
Atendendo um pedido da população, por meio da deputada Daniella, o Centro de Hemodiálise de Presidente Dutra foi implantado na cidade em 2022 e serve anualmente mais de 50 mil pacientes. O equipamento é gerido pelo Instituto Acqua, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde. Os serviços de terapia renal complementam os serviços de saúde multiprofissional. Ao todo, cidadãos e cidadãs de cerca de 20 cidades são beneficiados com os atendimentos.
Sobre o tratamento de hemodiálise
Hemodiálise é o procedimento através do qual uma máquina filtra e limpa o sangue, fazendo parte do trabalho que o rim doente não pode fazer. O procedimento retira do corpo os resíduos prejudiciais à saúde, como o excesso de sal e de líquidos. Também controla a pressão arterial e ajuda o organismo a manter o equilíbrio de substâncias como sódio, potássio, ureia e creatinina.
Quem necessita fazer esse tratamento? A hemodiálise está indicada para pacientes com insuficiência renal aguda ou crônica graves. A indicação de iniciar esse tratamento é feita pelo médico especialista em doenças dos rins (nefrologista). É possível começar o tratamento para insuficiência renal com medicamentos que controlam os sintomas e estabilizam a doença. Nos casos em que os remédios não são suficientes e a doença progride, pode ser necessário iniciar a hemodiálise.
Esta decisão é tomada em conjunto com o paciente e o seu médico nefrologista. A diálise não tem como objetivo tratar a doença renal, mas sim, substituir a função dos rins que estão com seu funcionamento prejudicado.
Como é feita a hemodiálise? A diálise é realizada por meio da filtração do sangue que é retirado pouco a pouco do organismo através de uma agulha especial para a punção da fístula arteriovenosa (FAV). FAV é uma ligação entre uma pequena artéria e uma pequena veia, com a finalidade de tornar a veia mais grossa e resistente para que as punções possam ocorrer sem complicações. A fístula pode ser feita com as próprias veias do indivíduo ou com materiais sintéticos. É preparada com uma pequena cirurgia no braço ou na perna, executada por um cirurgião vascular e com anestesia local.
O ideal é que a fístula seja feita de preferência 2 a 3 meses antes do início da hemodiálise. A diálise também pode ser feita por meio de um cateter (tubo) inserido numa veia do pescoço, tórax ou virilha, com anestesia local. O cateter é uma opção geralmente temporária para os pacientes que ainda não têm a fístula mas precisam fazer diálise. Os principais problemas relacionados ao uso do cateter são a obstrução e a infecção, o que muitas vezes obriga a sua retirada e o implante de um novo cateter para que as sessões possam continuar. As sessões de hemodiálise são realizadas geralmente em clínicas especializadas ou hospitais, no mínimo 3 vezes por semana e cada uma tem duração de aproximadamente 3-4 horas.