O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, afirmou nessa quarta-feira que fica no cargo enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quiser.
A declaração ocorre após o petista afirmar que, caso o auxiliar seja denunciado no caso em que é investigado sob suspeita de desvio de emendas parlamentares, deverá sair do governo.
— Eu sou ministro até quando ele (Lula) quiser. Cargo de ministro é de presidente. Até o dia que ele quiser eu vou cumprir com muita honra a missão que ele me deu, trabalhando pelo Brasil, fazendo o que eu estou fazendo com muita tranquilidade. Vou estar me defendendo. Isso aí eu estou muito tranquilo. E no dia que eu deixar de ser ministro vou voltar pro Congresso, ser deputado federal pelo Maranhão, que é pelo que eu fui eleito — disse Juscelino.
A Polícia Federal indiciou o ministro no último dia 12 por organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva em um inquérito que investiga suspeitas de desvio de emendas parlamentares para pavimentação de ruas de Vitorino Freire, no interior do Maranhão.
A cidade é comandada por sua irmã, Luanna Rezende, que chegou a ser afastada do cargo no ano passado, mas retomou o mandato após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Foi a primeira vez que um integrante do primeiro escalão do atual mandato de Lula foi indiciado. Em nota, o ministro negou irregularidades e aponta “ação política” da corporação.
Questionado se pretendia demitir o ministro nessa quarta-feira, em entrevista ao portal UOL, o presidente disse ter conversado com o auxiliar durante viagem ao Maranhão, na última sexta-feira.
— O que eu disse para ele: a verdade, só você que sabe. Se o procurador indiciar você, você sabe que tem que mudar de posição. Enquanto não houver indiciamento, ele fica como ministro, se houver indiciamento, ele será afastado (…) Eu quero que ele seja julgado da forma mais honesta possível — afirmou o presidente.