A Pesquisa de Intenção de Consumo para o Dia dos Pais 2024, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA), revelou que 236.462 consumidores ludovicenses, cerca de 29,9% dos entrevistados, pretendem presentear seus pais no segundo domingo de agosto. Com um gasto médio estimado em R$ 259 por presente e comemoração, o comércio de São Luís pode esperar uma movimentação financeira de R$ 86.948.062,20.
Nesse cenário, ainda há uma fatia considerável de consumidores, 145.152 pessoas (18,3%), que estão indecisos se vão comprar presente ou não. Isso representa um potencial adicional de R$ 53.396.419,23 em faturamento, o que abre a possibilidade de o comércio local aumentar o percentual de lucro com a atração desse público.
“A pesquisa aponta um cenário de oportunidade para o comércio de São Luís. Os empresários devem investir em estratégias de marketing eficazes, promoções atraentes e atendimento de qualidade para capturar a atenção, especialmente dos indecisos”, destaca o presidente da Fecomércio-MA, Maurício Feijó.
Perfil e produtos preferidos
O perfil socioeconômico dos consumidores que planejam presentear inclui principalmente mulheres (35%), de 21 a 35 anos (43,4%), com ensino superior (43,8%) e renda entre 5 e 10 salários mínimos (36,5%). Os setores mais beneficiados devem ser vestuário, sapatos, perfumaria e cosméticos, com roupas e acessórios liderando a intenção de compras (39,5%).
As mulheres (44,7%) entre 21 e 35 anos (44,1%) são os principais compradores de vestuário, com preferência por itens de menor valor agregado. Perfumaria e cosméticos (26,2%) e sapatos e acessórios masculinos (10,5%) também são destacados.
A maioria dos consumidores prefere pagar à vista, seja com cartão de débito (58,3%) ou dinheiro (25,1%), refletindo um comportamento cauteloso em relação a dívidas. Cartão de crédito (17,6%) e PIX (14,8%) aparecem como alternativas menos populares.
A utilização de débito à vista associada ao pagamento também à vista em dinheiro pode indicar uma estratégia de controle do endividamento a curto prazo, pois é possível verificar que, com o cenário econômico do país apresentando a menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em junho desde 2014 (6,9%), as pessoas estão mais dispostas a investimentos de longo prazo, confiando na estabilidade de suas rendas.
Na hora de comprar, 71,8% dos consumidores planejam adquirir apenas um presente, com os homens dispostos a gastar mais (R$ 328,2) que as mulheres (R$ 220,4). Jovens de 21 a 35 anos (R$ 287,7) e pessoas com ensino superior (R$ 341) também estão entre os que pretendem gastar mais.
A celebração será equilibrada entre os que planejam comemorar (37,3%) e os que não (38,8%), com preferência por comemorações em casa (67,2%). Praias e clubes (20,1%) são opções populares, enquanto shoppings e cinemas (4,2%) e viagens (2,1%) são menos comuns.
A análise dos valores dos presentes revela uma disposição dos consumidores em gastar com presentes com menor valor agregado, com 27% dos consumidores gastando entre R$ 101 e R$ 150. Parcelamentos no cartão de crédito são preferidos em uma única vez (44,8%), indicando uma aversão ao endividamento prolongado.
Locais e motivação
Quando se trata de onde comprar, as lojas de shopping são as favoritas (47%), seguidas pela Rua Grande (31,6%) e lojas de bairro (20,2%). A Internet é uma alternativa crescente, especialmente entre mulheres (17,5%) de 21 a 35 anos (21,2%).
Por fim, a maioria dos consumidores não tem um dia específico para compras (61,1%), com sábado (14,6%) e sexta-feira (11,1%) sendo os dias preferidos. E o que vai chamar a atenção do ludovicense, de acordo com a pesquisa, é a qualidade dos presentes, preços e promoções.
A Pesquisa de Intenção de Consumo para o Dia dos Pais foi realizada entre 23 e 26 de julho de 2024, no município de São Luís, com 700 questionários aplicados em diversos pontos de fluxo de pessoas. O público-alvo da pesquisa, estimado em 791.768 (censo de 2022), são consumidores a partir de 18 anos. O intervalo de confiança da pesquisa é de 95%, com desvio-padrão de 3,7% para mais ou menos.