Porto do Itaqui celebra 10 anos de operação do Tegram contabilizando recordes

Publicado em: 7 de abril de 2025

A promessa logística que transformou o cenário da produção agrícola do Brasil. Essa é a frase que resume a história de sucesso do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), que chega a 10 anos de operação em 2025 e coleciona recordes impressionantes. Ao longo dessa década, o terminal movimentou 84,3 milhões de toneladas de soja, milho e farelo de soja, consolidando o porto como um dos principais corredores de exportação de grãos do país.

Com um modelo de negócios pioneiro no Brasil, o Tegram une quatro empresas: Viterra, TCN, ALZ e CLI. E cada etapa da trajetória do terminal se conecta ao Porto do Itaqui. “Nós trabalhamos juntos, pois entendemos que o crescimento do Tegram gera o desenvolvimento do porto e do Maranhão. Sempre trabalhamos de forma alinhada para desenhar possibilidades de evolução”, destacou o diretor de operações do porto, Hibernon Marinho.

O Porto do Itaqui possui uma infraestrutura robusta, com píeres profundos que são ideais para operações de grande escala. Além disso, o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do porto prevê ampliações que beneficiam o agronegócio e permitem maior eficiência e capacidade de movimentação de cargas. Paralelo a esse cenário, a iniciativa privada também desempenha um papel importante por meio entrada de tecnologias e processos que fortalecem a dinâmica das operações portuárias e impulsionam um ambiente de negócios mais competitivo e integrado.

“A gente tinha o sonho de fazer até 10 milhões de toneladas no ano e já fizemos 15 milhões e meio. Sem dúvidas, essa parceria entre porto e Tegram é um relacionamento muito produtivo e importante, não só para a empresa, para o Porto do Itaqui, mas para todo o Maranhão e a região do MATOPI”, explicou o diretor geral do Tegram, Fabrício Salviato.

Como tudo começou – Antes do Tegram surgir, o Porto do Itaqui e produtores da região notaram que no Arco Norte se produzia muito mais do que se consumia. Assim, a carga excedente não tinha por onde ser escoada e precisava descer via caminhões para portos da região Sul e Sudeste. Essa característica congestionava os portos e dificultava a produção no Arco Norte.

“O Tegram veio como uma promessa logística de traçar uma nova rota de escoamento. O mercado estava apreensivo, pois não sabia se essa carga se viabilizaria ou não. Quando o Tegram surgiu e encontrou a rota de saída, a carga veio de uma vez, impulsionando não só a economia do Maranhão, mas de toda a área de influência: Tocantins, Mato Grosso, Bahia e Pará”, contou Hibernon Marinho.

Apesar de ter se concretizado em 2015, as discussões para o nascimento do Tegram iniciaram em 2012. Desde então, a Empresa de Administração Portuária (Emap) atuou de forma ativa, acompanhando todas as audiências e reuniões com as empresas vinculadas ao terminal.

“O Tegram veio da necessidade dos agricultores de ter um lugar para armazenar grãos. A partir daí iniciamos as audiências da licitação até chegar ao que somos hoje. Dos vários projetos que já participei, o Tegram é um dos que eu tenho mais orgulho por conta da sua importância, destaque e inovação”, comunicou Ellen Brissac, gerente de Contratos e Arrendamentos do porto, que participou de todo o andamento do projeto do Tegram até o seu nascimento.

Diferenciais, recordes e geração de emprego – Ao ter uma alternativa logística para exportar a carga produzida a um custo mais barato, é possível chegar com essa carga a partir de um valor mais competitivo no mercado internacional. E isso foi fundamental para que o produtor expandisse. “Nós conseguimos trazer produtividade e eficiência, fato que diminuiu o custo logístico e fez com que o Itaqui se consolidasse como um porto competitivo, garantindo o escoamento de grãos”, acrescentou Hibernon Marinho.

De 2015 até aqui, o terminal só evoluiu. Em um único ano, o Tegram já chegou a movimentar 15 milhões e meio de toneladas, crescimento de 5 vezes em comparação ao primeiro ano de operação. “Nosso primeiro navio foi embarcado em março de 2015. Naquele ano, o terminal fez 3,3 milhões de toneladas. Em um só ano, já multiplicamos por 5 a nossa capacidade produtiva”, afirmou Salviato.

Esses números também refletem na geração de emprego para a população. “O Tegram, hoje, com as consorciadas mais o próprio terminal, proporciona a criação de, aproximadamente, 400 vagas de trabalho diretas, além dos negócios acessórios que se desenvolvem paralelamente”, informou o diretor geral do Tegram.

Passos de sucesso – Os passos seguintes do Tegram foram marcados por fases de expansão significativas. Em 2015, ocorreu a primeira fase, com uma capacidade inicial de 5 milhões de toneladas. Em 2018, a segunda fase ampliou essa capacidade para 10 milhões de toneladas. Agora, em 2025, inicia-se a terceira fase de ampliação, que deve aumentar a expedição de grãos para, aproximadamente, 24 milhões de toneladas.

“Essa importância que o Tegram tem hoje para o Porto do Itaqui tende a crescer ainda mais e fortalecer a posição estratégica do Maranhão para o agronegócio de forma mundial, uma vez que as cargas que saem dos nossos portos atendem mercados de países como os Estados Unidos, além de países da Europa e Ásia de uma forma bastante competitiva”, finalizou Salviato.